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1953 Início da correspondência do grupo com Ezra Pound. Décio Pignatari e Waldemar Cordeiro viajam juntos ao Chile, financiados pelo Partido Comunista Brasileiro, para participarem do Congresso Continental de Cultura. Passando por Buenos Aires, entram em contato com Tomás Maldonado e o grupo da revista Nueva Vision. 1954 Pignatari leciona no V Curso Internacional de Férias Pró-Arte, organizado por H.J. Koellreutter, em Teresópolis, Rio de Janeiro, e ali realiza a primeira oralização pública de poemas da série “poetamenos”. O grupo Noigandres entra em contato com o compositor e regente francês Pierre Boulez, que visita São Paulo. Em junho, Pignatari viaja para a Europa, dando início a um período de estudos e contatos. Enquanto circula por diversos países mantém, em correspondência, as discussões com Augusto e Haroldo sobre os rumos do trabalho poético do grupo. 1955 Publicação de Noigandres 2. Augusto e Haroldo publicam, em jornais de São Paulo e do Rio de Janeiro, artigos teóricos em que propõem novos parâmetros poéticos, com base em Stéphane Mallarmé, Ezra Pound, James Joyce e e.e. cummings. O termo “poesia concreta” é empregado como título em um desses artigos, de Augusto de Campos, publicado no jornal Fórum. Apresentação de três poemas de poetamenos (lygia fingers, nossos dias com cimento e eis os amantes), pelo grupo Ars Nova, no Teatro de Arena, em São Paulo, com oralização e projeção de diapositivos. Pignatari encontra-se com o poeta boliviano-suíço Eugen Gomringer, então secretário de Max Bill, e com Tomás Maldonado, na Escola Superior da Forma, em Ulm, Alemanha. 1956 Em julho, Pignatari regressa da Europa. Por sugestão do poeta Mário Faustino, o grupo Noigandres é convidado a colaborar no “Suplemento Dominical” do Jornal do Brasil,Rio de Janeiro, por seu diretor, Reynaldo Jardim. Também são convidados Ferreira Gullar e o crítico Oliveira Bastos. Augusto inicia correspondência com e.e. cummings, propondo a tradução de alguns de seus poemas para o português. Em dezembro, realiza-se a I Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM de São Paulo, reunindo poesia e artes plásticas. Participam com poemas-cartazes os integrantes do grupo Noigandres (ao qual se junta Ronaldo Azeredo), Ferreira Gullar e Wlademir Dias Pino. A publicação Noigandres 3, já com o subtítulo “poesia concreta”, é preparada para essa mostra. 1957 Início da colaboração de José Lino Grünewald com o grupo de poetas concretos. Apresentação de poemas concretos de Augusto e Haroldo de Campos, Décio Pignatari, Ronaldo Azeredo, José Lino Grünewald, Ferreira Gullar e Reynaldo Jardim pelo grupo Ars Nova, com partituras de verbalização elaboradas por Willys de Castro no Teatro Brasileiro de Comédia. A Exposição Nacional de Arte Concreta é levada para o Rio de Janeiro em fevereiro e ocupa o saguão do edifício do Ministério da Educação e Cultura. A conferência de Décio Pignatari na sede da União Nacional dos Estudantes, por ocasião da mostra de arte concreta, é motivo de polêmica. Com cobertura do Jornal do Brasil,da revista O Cruzeiro e de diversos outros periódicos, o movimento concreto ganha repercussão nacional. Ferreira Gullar, Reynaldo Jardim e Oliveira Bastos rompem com o movimento concreto. Bastos retificaria posteriormente sua posição. 1958 Publicação de Noigandres 4, trazendo a síntese teórica “Plano Piloto para Poesia Concreta”, em português e inglês, e chave léxica (em inglês) para a leitura dos poemas-cartazes impressos em serigrafia. O grupo Noigandres afasta-se do “Suplemento Dominical” do Jornal do Brasil, publicando o comunicado “Poesia Concreta: Pontos nos ii”, no jornal A Tribuna da Imprensa,do Rio de Janeiro. O poeta carioca José Lino Grünewald, próximo ao grupo Noigandres, publica seu livro de estréia, Um e Dois,incluindo poemas concretos. 1959 Eugen Gomringer publica poemas de poetas concretos brasileiros na revista Spirale,números 6/7, em Berna, Suíça. Haroldo de Campos viaja à Europa, onde divulga a poesia concreta brasileira e estabelece novos contatos com Stockhausen, Max Bense, Bruno Munari, Vasarely, Francis Ponge, Vantongerloo, entre outros. Em Rapallo, Itália, encontra-se com Ezra Pound. O “Plano Piloto para Poesia Concreta” e poemas do grupo Noigandres são traduzidos para o alemão e publicados na revista Nota, editada por G.V. Graevenitz e J. Morshel, em Munique. A poesia concreta é incluída na série A Literatura no Brasil (volume 3, tomo 1), organizada por Afrânio Coutinho. 1960 Forma-se a equipe Invenção, composta do grupo Noigandres, José Lino Grünewald, Pedro Xisto, Cassiano Ricardo, Edgard Braga e Mário Chamie. A equipe mantém uma página no jornal Correio Paulistano (de janeiro de 1960 a fevereiro de 1961), com projeto gráfico de Alexandre Wollner, e também o programa Invenção no Ar, na Rádio Excelsior, sob a direção de Damiano Cozzela e Júlio Medaglia. Publicação de Poemas de e.e. cummings,traduzidos por Augusto, com capa de Alexandre Wollner e Geraldo de Barros, e de Cantares de Ezra Pound, em tradução conjunta de Augusto, Haroldo e Pignatari. Os dois volumes são editados pelo Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura. Exposição de poesia concreta brasileira no Museu Nacional de Arte Moderna de Tóquio, com apresentação do poeta Kitasono Katsue, que dirige a revista VOU. Gomringer inicia a edição dos cadernos Konkrete Poesie,em Fraenfeld, Suíça, e publica como separata da revista Spirale uma antologia com poetas de vários países, entre os quais Haroldo e Augusto de Campos, Décio Pignatari, José Lino Grünewald, Ferreira Gullar e Wlademir Dias Pino. 1961 No 11º Congresso Brasileiro de Crítica e História Literária, realizado na Faculdade de Filosofia de Assis, Pignatari apresenta a tese Situação Atual da Poesia no Brasil, na qual discute a questão da poesia participante no âmbito da vanguarda. Haroldo publica a tradução do poema “A Sierguéi lessiénin”, de Vladimir Maiakóvski, na Revista do Livro,número 23, Rio de Janeiro, INL. L.C. Vinholes publica uma antologia de poesia concreta brasileira na revista Design,número 27, em Tóquio. Rogério Duprat musica o poema “organismo”, de Pignatari, e a peça é apresentada no Festival de Música Contemporânea pela Orquestra de Câmara de São Paulo, com regência de Olivier Toni (TV Excelsior). 1962 Publicação dos dois primeiros números da revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari. O segundo número traz poemas do chamado salto participante da poesia concreta, incluindo “stèles pour vivre 3 – estela cubana”,de Pignatari, “cubagramma”e “greve”, de Augusto, quatro fragmentos da série servidão de passagem,de Haroldo, “portões abrem”, de Ronaldo Azeredo, e “durassolado”, “apertar o cinto” e “bailes banquetes bacanais”, de José Lino Grünewald. Max Bense e Elizabeth Walther editam a antologia Noigandres/Konkrete Texte, série Rot, número 7, Stuttgart, Alemanha. Da Costa e Silva organiza e publica em Lisboa a antologia Poesia Concreta pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). No III Congresso Brasileiro de Crítica e História Literária em João Pessoa, Pignatari apresenta sua comunicação “Notícia: A Poesia Brasileira em Ação”, defendendo “a forma revolucionária para a poesia revolucionária, dentro da concepção de Maiakóvski, e combatendo o neo-realismo jdanovista”. Publicação de Panaroma do Finnegans Wake, com a tradução de fragmentos do livro de James Joyce por Augusto e Haroldo de Campos, pelo Conselho Estadual de Cultura de São Paulo. Publicação de Antologia Noigandres 5, incluindo poemas dos números anteriores da revista-livro e inéditos de Augusto e Haroldo de Campos, Décio Pignatari, Ronaldo Azeredo e José Lino Grünewald. 1963Júlio Medaglia organiza a exposição Konkrete Dichtung aus Brasilien, na Universidade de Freiburg, Alemanha, com apresentação de Max Bense. A revista Les Lettres, Poesie Nouvelle, 8ª série, número 31, organizada por Pierre Garnier, publica uma versão do “Plano Piloto para Poesia Concreta”, de Augusto e Haroldo de Campos e Décio Pignatari. Edgar Braga, poeta próximo ao grupo concreto, publica Soma, volume que inclui um ensaio de Haroldo de Campos, “Edgar Braga: soma sensível”, e layout e diagramação de Décio Pignatari. Joseph Hirshal faz conferência sobre a estética de Max Bense e a poesia concreta para os redatores da Editora Estadual de Belas Letras, em Praga. Angel Crespo e Pilar Gómez Bedate publicam o artigo “Situación de la Poesia Concreta”, na Revista de Cultura Brasileña, do Serpro, em Madri, Espanha. É lançada a revista Invenção, número 3, com 25 poetas, entre brasileiros e estrangeiros. Rogério Duprat, Júlio Medaglia, Gilberto Mendes, Willy Correia de Oliveira, entre outros, lançam o “Manifesto Música Nova”. Max Bense promove nova exposição de poesia concreta brasileira na Livraria Eggert, em Stuttgart, com audição de poemas oralizados por vozes mistas, gravado em 1959, com partituras e direção de Júlio Medaglia. Haroldo de Campos ministra conferências sobre Sousândrade, Oswald de Andrade, João Cabral de Mello Neto e poesia concreta, no curso de introdução “Ciência e Arte”, promovido pelo Centro Acadêmico e Departamento de Difusão Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), durante o encontro A Indeterminação na Física e a Criatividade nas Artes Contemporâneas, no qual é encarregado da seção de literatura. Willy Correia de Oliveira faz palestra sobre a Música Nova brasileira e a poesia concreta no Freienkurse fur Neue Musik, em Darmstadt, Alemanha. A Semana Nacional de Poesia de Vanguarda, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é organizada por Affonso Ávila e conta com a participação da revista Invenção, além de poetas e colaboradores da revista Tendência, dos grupos Vereda e Ptyx, de Minas Gerais, e participantes de outros estados. Há uma exposição de poemas-cartazes, além de conferências e mesas-redondas. As conclusões da Semana são publicadas no “Suplemento Literário” de O Estado de S. Paulo. Heitor Martins, professor de literatura na Universidade de Tulane, Texas (EUA), apresenta a tese “O Concretismo na Atual Poesia Brasileira”, no congresso do Instituto Internacional de Literatura Ibero-Americana da Universidade do Texas. A exposição Schrift und Bild (Escrita e Imagem), no Stedelijk Museum de Amsterdã e na Kunsthalle, em Baden-Baden, Alemanha, inclui poemas-cartazes do grupo Noigandres. Membros do grupo Ars Viva, dirigido por Klaus-Dieter Wolf, apresentam composições de Willy Correia de Oliveira (“movimento”, poema de Décio Pignatari), Gilberto Mendes (“nascemorre”, poema de Haroldo de Campos) e Kollreutter (haicais de Pedro Xisto) no Festival Música Nova, em Santos, São Paulo. Vanni Scheiwiller organiza a mostra Poesia e Segno, com a colaboração de Carlo Belloli, na galeria Blu, de Milão. Don Sylvester Houedard publica, com Ian Hamilton Finlay, “Concrete Poetry”, que traz uma síntese do “Plano-piloto para poesia concreta”, na revista Typographica, número 8, em Londres. Joseph Hirshal faz conferências sobre a estética bensiana e a poesia concreta, intituladas Poesii Pritozené a Umelé (Sobre Poesia Natural e Artificial), no Klub Mánes, em Praga, República Checa (então Tchecoslováquia), distribuindo textos e exemplos mimeografados. 1964 Haroldo de Campos vai à Europa para conferências e debates no Studium Generale, a convite de Max Bense, da cadeira de Filosofia e Teoria do Conhecimento da Technische Hochschule, em Stuttgart. Alemanha. Visita a Escola Superior da Forma, de Ulm e o Estúdio de Música Eletrônica, em Colônia. Com Julio Medaglia, entrevista Pierre Boulez. Na Suíça, visita Eugen Gomringer, Karl Gerstner, Kutter, Carlo Belloli e Mary Vieira. Na Itália, visita os poetas Mario Diacono, Emilio Villa, Nanni Balestrini, Alfredo Giuliani, e os críticos Umberto Eco, Nello Ponente, A. M. Ripelino, Nicolai Tomashévski, os pintores Perilli e Santoro. Faz entrevista com Ungaretti, Pierre e IIse Garnier, Henri Chopin, Suzanne Bernard, poetas do grupo Nouvelles Tendences e artistas visuais. Faz uma série de conferências sobre poesia concreta em conjunto com Júlio Medaglia, que fala sobre música brasileira. Pierre Garnier publica "poésie concrête-panorama" na revista Les Lettres, Poesie Nouvelle, 88 série, n. 32. É publicado o primeiro número da revista Poesia Experimental dirigida em equipe por A. Aragão, A. Barahona da Fonseca. A. Ramos Rosa, Meio e Castro, H. Helder e Salette Tavares, em Lisboa, Portugal. Pilar Gómez Bedate faz conferência intitulada "EI sentido plástico de Ia poesia concreta" na Sala Nébli, em Madri, Espanha. Max Bense e Elisabeth Walther publicam na série Rot, n.14, Der Hund ohne Fedem (O cão sem plumas), de João Cabral de Meio Neto, com posfácio de Haroldo de Campos. Alea 1 - Variações Semânticas, de Haroldo de Campos, poema-livro escrito entre 1962 e 1963, é publicado em edição do autor. A revista dos estudantes da Technische Hochschule de Stuttgart, Alemanha, TH-Stuttgart, n. 7, publica poesia concreta brasileira. Em Tóquio, na Universidade de Artes e no Sogetsu-Kaikan (Centro de Arte Sogetsu), L.C. Vinholes organiza, em colaboração com o Deutsches Kultur-Institut local, a Exposição Internacional de Arte Concreta. Participam poetas brasileiros, alemães, suíços, franceses e japoneses. Manfred Link (da Universidade de Tóquio). L.C.Vinholes e Fujitomi Yasuo fazem conferências. São lançados na ocasião dois cadernos bilíngües de poesia: Reta de Fumaça, de Kitasono Katsue, em português com tradução de L.C.Vinholes e Servidão de Passagem, de Haroldo de Campo, traduzido para o japonês pelo poeta concreto Seiichi Nikuni. Publicação de ReVisão de Sousândrade, de Augusto e Haroldo de Campos, com a colaboração de Luiz Costa Lima e Erthos Albino de Souza, por edições Invenção. Décio Pignatari e Luís Ângelo Pinto lançam o manifesto "Nova linguagem nova poesia", com poemas-código de ambos e de Ronaldo Azeredo, publicado no Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, no Suplemento Literário de O Estado de São Paulo, na Revista de Cultura Brasileña, em Madri, Espanha e em versão inglesa na revista Invenção número 4. Max Bense púbica "Brasilianische Konkrete", sobre o grupo Noigandres e "Konkrete Poesie", na revista Manuskripte, n. 11, em Graz, Áustria. The Times Litterary Supplement lança dois números especiais (em 6 de agosto e 3 de setembro) sobre poesia de vanguarda nos EUA e Inglaterra e no mundo. No primeiro são feitas referências à poesia concreta brasileira, apresentada com destaque no segundo número. São publicados poemas de Augusto de Campos, Ronaldo Azeredo, Décio Pignatari, José Paulo Paes, além dos ensaios de Décio Pignatari "concrete poetry of Brazil" e Max Bense, "The theory and practice of text". São resenhadas as revistas Noigandres e Invenção, os livros Haicais & Concretos, de Pedro Xisto e Soma, de Edgard Braga. A revista Les Lettres, Poesie Nouvelle, 8 série, n.33 publica "Group Noigandres Brésil" com cronologia e poemas concretos. A Equipe de Invenção participa da revisão da obra de Oswald de Andrade, fazendo parte, com conferências e depoimentos, da Semana Oswald de Andrade, em memória dos 10 anos da morte do escritor. Incumbido pelo professor Antonio Candido, Haroldo de Campos prepara a reedição das Memórias Sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade, pela Difusão Européia do Livro. O Estado de São Paulo lança em 24 de outubro Suplemento Literário especial sobre Oswald de Andrade, com colaboração dos poetas do grupo concreto. O Saint Catherine's College de Cambridge, Inglaterra, apresenta a First Intemational Exhibitions of Concrete, Phonetic and Kinetic Poetry, nos Rushmore Rooms, organizada por Mike Weaver, que também é responsável pelo catálogo da exposição. No auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo realiza-se o concerto-recital de poemas concretos e composições de música nova pelo grupo Ars Viva, de Klaus-Dieter Wolf. Hirshal e Bohumila escrevem para a revista Manuskripte, n. 12, um artigo sobre a poesia experimental tcheca, referindo-se às suas ligações com o Grupo Noigandres. A Galeria Atrium de São Paulo apresenta Espetáculo Popcreto, onde são mostrados quadros-objetos de Waldemar Cordeiro, apresentados por Max Bense; poemas popcretos de Augusto de Campos, com um happening musical feito equipe de Damiano Cozella. Nos Cuadernos Hispanoamericanos, n.180, Madri, Espanha, Algel Crespo publica um artigo intitulado "Vanguardia y tradición en Ia poesía de Edgard Braga". John Nist publica "Brazilian concretism", na revista norte-americana Hispania vol.XIVII, n. 4. É publicado o n. 4 da Revista Invenção, em homenagem a Oswald de Andrade. O número conta com uma apresentação da poesia concreta tcheca, poemas-código de Décio Pignatari, Luís Ângelo e Ronaldo Azeredo; poema popcreto de Augusto de Campos; Galáxias de Haroldo; tactilogramas de Edgar Braga, além de poemas de José Lino Grunewald e Pedro Xisto. Décio Pignatari e Luís Ângelo publicam estudo sobre a aplicação de métodos estatísticos e teórico-informacionais à crítica literária, divulgando os primeiros resultados de seus trabalhos de análise textual procedidos com auxílio de um computador IBM 1620, do Centro de Cálculo Numérico da Escola Politécnica da USP, e com a colaboração do Eng. Ernesto de Vita, responsável pelo centro. O número também apresenta ao público a poesia de Paulo Leminski. lan Hamilton Finlay edita o poema trilíngüe: Cidade, Cité, City (de 1963), de Augusto de Campos pela Wild Hawthorn Press. O programa Móbile, da TV-4, em São Paulo, dirigido por Fernando Faro, apresenta durante o ano textos do Grupo Noigandres e composições musicadas de seus poemas. 1965 Décio Pignatari torna-se professor de Teoria da Informação na Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro, A revista VOU, em sua edição japonesa de n° 106, publica os popcretos de Augusto de Campos, e faz uma edição especial sobre a poesia concreta no n° 114. L.C. Vinholes publica "Poesia concreta brasileira", na revista da ASA (The Association for the Study of Arts), n° 1, organizada por Seiichi Niikuni. Primeira edição de Teoria da Poesia Concreta, de Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari, pela edições Invenção. L.C, Vinholes publica na revista Graphic Design, Tóquio, um informe sobre a poesia concreta brasileira, documentado com clichês em cores de capas da revista-livro Noigandres e de poemas concretos. 1ª exposição de poesia concreta na Espanha, na Galeria Grises de Bilbao, ambientada com música concreta. Participam a Equipe de Invenção e poetas de várias nacionalidades, Décio Pignatari dá entrevista à revista Visão sobre a estética face ao problema da comunicação de massa. Décio Pignatari colabora com a coluna Terceiro Tempo, sobre futebol, na Folha de S. Paulo. Décio Pignatari é convidado para lecionar Teoria da Informação na Escola de Jornalismo da Universidade de Brasília - UnB. Acaso/Event, poema de 1963 de Augusto de Campos é editado por John Furnival na série Opening, n.2, em Gloucester, Inglaterra. Em seu novo livro, Brasilianische Inteligenz, no capítulo dedicado à literatura, Max Bense analisa a prosa de Guimarães Rosa e a poesia concreta. O Studim Generale, Sttutgart, Alemanha, apresenta a mostra Konkrete Poesie International, acompanhada de catálogo e da publicação da série Rot, nº21, com texto de Max Bense intitulado "Concrete Poetry". Ina Terterian escreve sobre poesia concreta brasileira na revista Voróci Literatúri, nº5, Moscou, Rússia. Henri Chopin organiza a Première Semaine de Publications Avant-Garde Mondiale. na Galeria Riqueline, Paris, França. Exposição Between Poetry and Painting, organizada por Jasia Reichardt no Institut for Contemporary Art de Londres, mostra, entre outros, poemas de Ronaldo Azeredo, Augusto e Haroldo de Campos, Décio Pignatari e Pedro Xisto. No catálogo, é publicada a versão em inglês do "Plano-piloto para poesia concreta" - "Pilot plan for concrete poetry", 1966 Gilberto Mendes realiza a composição sobre o poema Cidade-cité-city de Augusto de Campos, com partitura publicada na Revista Invenção, n° 5, em São Paulo. A revista MODULO n° 1 - Antologia Internazionale Della Poesia Concreta, é publicada em Gênova, por Silva Editore, com participação dos poetas concretos. Haroldo de Campos organiza e apresenta uma seleção de poemas de Oswald de Andrade, intitulada Poesias reunidas, para a DIFEL, em São Paulo. O Beloit Poetry Journal publica número especial sobre poesia concreta, intitulado "Concrete poetry", com participação de Augusto de Campos, Haroldo de Campos, Décio Pignatari e Pedro Xisto. 1967 Augusto e Haroldo de Campos, com colaboração de Boris Schnaiderman, publicam Poemas, volume de traduções de Vladimir Maiakowski, pela editora Tempo Brasileiro. Augusto de Campos é o autor da capa da edição. Stephen Bann organiza a antologia internacional Concrete Poetry, para a London Magazine Editions, com participação de Augusto e Haroldo de Campos, Décio Pignatari, Ronaldo Azeredo, José Lino Grünewald, Pedro Xisto e Edgard Braga. Josep Hirsal e A. Bohumila Grogerová organizam Poesie Experimentalní para a editora Odeon, em Praga, República Tcheca, com contribuições de Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, Edgard Braga, Ronaldo Azeredo, Pedro Xisto, Luís Ângelo Pinto e Willy Correia de Oliveira. Pismo Slovo e Hias Akce publicam K Estetice Kultury, technického veku, pela editora Ceskoslovenský, em Praga, República Tcheca, com textos teóricos de Augusto e Haroldo de Campos e Décio Pignatari. Emmet Willians organiza An Anthology of Concrete poetry para a Something Else Press, de Nova York, EUA, com poemas de Ronaldo Azeredo, Edgard Braga, Augusto e Haroldo de Campos, José Lino Grünewald, Décio Pignatari, Wlademir Dias Pino, Luís Ângelo Pinto e Pedro Xisto. Inicia-se o contato entre membros do movimento tropicalista, em especial Caetano Veloso e Gilberto Gil, com os poetas concretos de São Paulo. Haroldo de Campos organiza uma coletânea de textos de Oswald de Andrade para a editora Agir. Eugene Wildman organiza “Anthology of Concretism” para a Chicago Review, n.19, com participação de poetas do grupo concreto. Haroldo de Campos lança Metalinguagem: ensaios de teoria e crítica literária, pela editora Vozes. 1968 Augusto de Camposlança o livro Balanço da Bossa (com a colaboração de Brasil Rocha Brito, Júlio Medaglia e Gilberto Mendes), publicado pela editora Perspectiva, em São Paulo, no qual analisa o desenvolvimento da música brasileira do período, a partir de João Gilberto, com destaque para o movimento tropicalista. Augusto de Campos, Haroldo de Campos, Décio Pignatari, José Lino Grünewald e Mário Faustino publicam uma antologia poética de Ezra Pound pela editora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em parceria com a editora Ulisséia, de Lisboa, Portugal. Augusto e Haroldo de Campos realizam conferências na Universidade de Indiana. em Bloomington, EUA, no dia 28 de abril. Em 29 de abril, no Ballantine HaIl da School of Letters da mesma universidade, realiza-se uma leitura pública de poemas concretos, assistida por Mary Ellen Solt e Claus Clüver. Mary Ellen Solt publica a coletânea Concrete Poetry: A World View, pela editora da Universidade de Indiana, Bloomington EUA, com textos de Augusto e Haroldo de Campos, Décio Pignatari e Luís Ângelo Pinto. Pierre Garnier publica Spatialism et poésie concrete, pela editora Gallimard, em Paris, França. A antologia de Jean-François Bory, intitulada Once again: concrete poetry é publicada em Nova York, EUA, pela editora New Directions. Augusto e Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman traduzem uma coletânea de poesia russa, Poesia Russa Moderna, para a editora Civilização Brasileira. Augusto e Haroldo de Campos lançam Traduzir e trovar, pela editora Papyrus. 1969 Umberto Eco, Roland Barthes, Roman Jakobson e Décio Pignatari participam da fundação da Associação Internacional de Semiótica, em Paris, França. Haroldo de Campos publica o livro de ensaios A arte no horizonte do provável, pela editora Perspectiva. 1970 Augusto e Haroldo de Campos, juntamente com Pedro Xisto, publicam Guimarães Rosa em Três dimensões, com apoio da Comissão Estadual de Literatura da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Augusto de Campos e José Paulo Paes publicam a tradução de Pound, ABC da literatura, pela editora Cultrix. 1971 Edições Invenção lança Algo, de Edgar Braga. Augusto e Haroldo de Campos e Décio Pignatari publicam Mallarmargem, pela editora Noa Noa, do Rio de Janeiro, com composição e impressão manual, em tiragem de 25 exemplares, acompanhado uma prova original de gravura em metal de Raquel Feferbaum. Primeira edição de Re/visão de kilkerry, de Augusto de Campos e M. A. do Amaral, pelo Fundo Estadual de Cultura, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Ronaldo Azeredo lança seu primeiro poema-livro, Mulher com pérolas, por edições Invenção, patrocinada pelo pintor Alfredo Volpi. Mary Ellen Solt lança a segunda edição de Concrete Poetry: a world view, pela editora da Universidade de Indiana, na qual inclui o “Plano-piloto para poesia concreta”, em português e inglês, poemas de Augusto e Haroldo de Campos, Décio Pignatari, Luís Ângelo Pinto, Edgard Braga, José Lino Grünewald, Pedro Xisto, Ronaldo Azeredo e José Paulo Paes. Haroldo de Campos faz a introdução crítica aos volumes 2 e 7 das Obras Completas de Oswald de Andrade, publicadas pela editora Civilização Brasileira. 1972 Ronaldo Azeredo publica por edições Invenção o poema-livro É dificílimo predizer o destino disso..., patrocinada por Alfredo Volpi. 1973 Décio Pignatari publica a 2ª edição de Contracomunicação, pela Editora Perspectiva, em São Paulo. Augusto de Campos publica a 2ª edição de poetamenos, por Edições Invenção, em São Paulo. Sai a 2ª edição de Linguagem e Comunicação, de Wlademir Dias-Pino, pela Editora Vozes, de Petrópolis. Alberto de Lacerda organiza o n°1 da Intemational Poetry Magazine, em Londres, Inglaterra, incluindo poemas de Augusto de Campos. Ronaldo Azeredo publica o poema-livro Paisagem, por edições Invenção, patrocinada por Alfredo Volpi. Haroldo de Campos publica sua tese Morfologia do Macunaíma na coleção Estudos, da editora Perspectiva. 1974 Torquato Neto e Waly Salomão lançam a única edição de Navilouca - Almanaque dos Aqualoucos, com a participação de Décio Pignatari, Augusto e Haroldo de Campos. Augusto de Campos e Julio Plaza fazem os primeiros poemóbiles. A revista ASA publica número especial de vigésimo aniversário do grupo, sobre Spatialisme/Concrete Poetry, organizada por Seiichii Niikuni e com texto de Jasia Reichardt. Balanço da Bossa, de Augusto de Campos com Brasil Rocha Brito, Júlio Medaglia e Gilberto Mendes), tem uma 2ª edição ampliada, Balanço da Bossa e outras bossas, pela editora Perspectiva. Sai o único número da revista Poesia em g(reve), editada em São Paulo, por Lenora de Barros, Pedro Tavares de Lima e Régis Bonvincino, com projeto gráfico de Julio Plaza, contando com a participação de Augusto e Haroldo de Campos, Décio Pignatari, Edgar Braga, Geraldo de Barros, Hermelindo Fiaminghi, Iberê Camargo e José Paulo Paes. O jogo lingüístico da capa (greve e rève, sonho em francês), faz alusão ao momento político de repressão com o regime da Ditadura Militar. Augusto de Campos escreve "revistas re/vistas: os antropófagos", uma introdução à reedição fac-similar da Revista da Antropofagia publicada pela editora Abril em parceria com a Metal Leve S.A. Augusto lança caixa preta, poemas e objetos-poemas em colaboração com Julio Plaza, em edição dos autores. Haroldo de Campos recebe o prêmio de tradução, pelo livro Mallarmé, pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Miroljub Torovié reúne poemas concretos na antologia Concrete visual and signalisti poetry, publicada na revista DELO, n° 21. 2ª edição, ampliada, da Teoria da Poesia Concreta, sai pela editora duas Cidades. Explorando a mídia postal, Augusto de Campos lança a série de postais Quasar. Sai a Revista Codigo 1, editada por Erthos Albino de Souza, que passa a ser um colaborador constante dos poetas concretos, em Salvador, Bahia. 1976 Julio Plaza e Regis Bonvicino editam a revista Qorpo Estranho, Criação Intersemiótica . No n° 2, Augusto de Campos publica o artigo "América Latina: contra-boom de poesia". Sai também neste mesmo ano o nº3. Edgard Braga publica Tatuagens, pelas edições Invenção, em São Paulo. reduchamp, de Augusto de Campos, é publicado com iconogramas de Julio Plaza, pelas Edições S.T.R.I.P. em São Paulo. Haroldo de Campos publica, em edição limitada, ilustrada com litografias de João Câmara Filho, uma coletânea de traduções de Dante, intitulada Dante: seis cantos do Paraíso. Rosemarie Waldrop publica o ensaio "A basis of concrete poetry" na Bucknell Review, da Universidade de Bucknell, Pensilvânia, EUA. Haroldo de Campos publica A operação do texto, pela editora Perspectiva. Edição de Xadrez de Estrelas: percurso textual 1949-1974, primeira grande antologia de poemas de Haroldo de Campos. 1977 Décio Pignatari lança sua antologia de poemas Poesia pois é poesia pela Livraria Duas Cidades, em São Paulo. Haroldo de Campos publica o estudo Ruptura dos gêneros na literatura latino-americana, pela editora Perspectiva. Décio Pignatari publica Comunicação Poética, pela editora Cortez e Moraes, em São Paulo. Augusto de Campos publica o ensaio “Da América que existe: Gregório de Matos”, na revista José. Literatura, crítica e arte, nº 7, no Rio de Janeiro. Augusto de Campos traduz e publica O Tigre, de William Blake, em edição própria. Antônio Risério faz um balanço da poesia concreta em "Poesia Concreta: Por Dentro e Por Fora," publicado na Revista de Cultura Vozes, n° 71. Entre 1977 e 1979, a Livraria Duas Cidades publica três números da Revista Através sob a coordenação de Décio Pignatari, Boris Schnaiderman, Leyla Perrone-Moisés e Lucrécia D'Alessio Ferrara. Em janeiro de 1983, reaparece um único número do periódico, dessa vez uma publicação da Livraria Martins Fontes, sob a mesma coordenação anterior, é considerado o n° 4 e último da revista. Como resultado do interesse dos poetas concretos pela técnica poesia ideogramática, Haroldo de Campos organiza o volume Ideograma: lógica, poesia, linguagem para a editora Cultrix. 1978 Revista Codigo 3, editada por Erthos Albino de Souza, em Salvador, Bahia. Décio Pignatari torna-se crítico de TV do Jornal da Tarde, São Paulo, função que exerce até 1980. Augusto e Haroldo de Campos, com Décio Pignatari publicam tradução de poemas de Mallarmé, pela editora Perspectiva, em São Paulo, com capa de Décio Pignatari e Maria Cecília Machado de Barros. Augusto de Campos lança Poesia Antipoesia Antropofagia, pela editora Cortez e Moraes. O centro de estudos brasileiros de Lima, Peru, lança um volume sobre o concretismo, no caderno Poemas Semióticos, com a participação de Augusto e Haroldo de Campos, Décio Pignatari e Luís Ângelo Pinto. 1979 Sai a 1ª edição da antologia de poemas de Augusto de Campos, Viva vaia, pela Livraria Duas Cidades, em São Paulo. A capa é desenhada pelo poeta. Augusto de Campos publica "Gertrude é uma Gertrude" na revista Através, n° 3, em São Paulo. Haroldo de Campos publica Signantia: quase coelum, pela editora Perspectiva. Augusto de Campos e Caetano Veloso lançam o LP Pulsar, pela Philips Stereo, com “Dias, Dias, Dias” (de Augusto e Caetano) e “Volta”, uma recriação de Lupicínio Rodrigues. 1980 Décio Pignatari cria poemas para o Calendário Philips. 1981 Haroldo de Campos publica Deus e o Diabo no Fausto de Goethe, um ensaio sobre o poeta romântico alemão. John Webster holografa, a partir de um protótipo de Wagner Garcia, o poema rever, de Augusto de Campos, em Londres. 1982 Richard Kostelanetz organiza uma coletânea de textos das vanguardas literárias, The Avant-garde tradition in literature, para a Prometheus Books, de Buffalo, Nova York, na qual inclui o “Plano-piloto para poesia concreta” e “Ponto, periferia, poesia concreta”, de Augusto de Campos. Augusto de Campos e Julio Plaza fazem experimentações em videotexto a partir do poema Luxo-lixo. O poema quasar, de Augusto de Campos, é apresentado no painel luminoso do Anhangabaú, no Projeto Arte Acesa, organizado por Julio Plaza. 1983 Dando continuidade à sua exploração da mídia postal, Augusto de Campos lança o postal Intradução, fazendo a transcriação do “Make it new” de Ezra Pound e Confúcio. O especial Augusto de Campos, do programa de televisão Fábrica do Som, apresenta seus poemas em várias “mídias”. 1984 Pulsar, de Augusto de Campos, “o primeiro videoclip de alta poética”, realizado em computador de alta resolução, “Sistema Intergraph” (baseado nos computadores VAX e PDP–11 da Digital Equipment Corporation), é apresentado na mostra Level 5, no MASP, organizada por José Wagner Garcia e Mário Ramiro. O videoclip é animado pela equipe do Olhar Eletrônico, com a colaboração dos organizadores e de Augusto, sendo posteriormente apresentado em programas televisivos como “Crig Ra”. 1985 Haroldo de Campos publica, com Octávio Paz, Transblanco: em torno a Blanco de Octavio Paz, pela editora Guanabara, do Rio de Janeiro. Haroldo de Campos lança A educação dos cinco sentidos, pela editora Brasiliense. Paulo de Tarso Oliva Barreto apresenta versão digital transcodificada para vídeo do poema pulsar, de Augusto de Campos, no 3º Festival Vídeo Brasil. Os videotextos luxo e pluvial, em realização de Julio Plaza, a partir de projetos de Augusto de Campos são apresentados na Exposição Arte e Tecnologia, no MAC-USP. 1986 Augusto de Campos, Julio Plaza e Moysés Baumstein apresentam o holograma Risco (projeto de Augusto, com arte-final de Julio Plaza e Omar Guedes, realização holográfica de Moysés Baumstein), na Exposição TRILUZ, na Galeria Diferença, em Lisboa, de 19 a 21 de fevereiro e no MIS, em São Paulo, em 2 de dezembro. Augusto de Campos participa com o poema Código do evento “Sky Art Conference”, organizado por Wagner Garcia, que consistia em mensagens artísticas via satélite entre São Paulo e os EUA (MAC-USP e CAVS-MIT), utilizando o sistema “slow scan”. 1987 Os hologramas rever, poema bomba (realização holográfica de Moysés Baumstein) e cormentemudaluz, de poemas de Augusto de Campos, são apresentados na exposição Idehologia, realizada no MAC de S.Paulo. José Wagner Garcia cria o objeto–neon de rever , com a assistência de Augusto de Campos. 1989 Augusto de Campos projeta e Moysés Baumstein realiza holograma impresso nãomevendo para a capa do livro À Margem da Margem. Augusto de Campos apresenta os poemas-laser poesia é risco, rever, tygre de Blake, na Av. Paulista, em São Paulo. |